À minha avó: Desde sempre estiveste lá: nas primeiras fraldas, nos primeiros biberões, nas primeiras palavras e nos primeiros passos. Com o tempo, fui crescendo, assim como tu te foste adaptando, tendo em conta que muitas vezes éramos uma só, dada a tua capacidade para passar despercebida por entre jovens, sorrisos, sonhos inocentes, ambições estonteantes e vontades de viver. Contudo, tu partiste, porque alguém decidiu que assim haveria de ser. Em contrapartida, nem mesmo esse facto me impede de continuar a amar-te, embora aquilo que significas para mim vá muito além do que consigo explicar. Hoje, passado algum tempo desde a tua partida, começo a perceber que nunca me disseste adeus e nem mesmo “até já”, pois até isso seria demais. Mas eu sei que estás sempre comigo, tal como prometeste, e é nesses momentos que tomo consciência de que a única coisa a dar-te em troca é a minha felicidade. À minha mãe: És a mais rabugenta, chata e embirrante que conheço neste mundo. Contudo, ninguém me p...