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A mostrar mensagens de novembro, 2011

Só dói uma vez

Há uma altura em que abrimos os olhos e temos a certeza absoluta de que o mundo não é cor-de-rosa; em que sonhamos alto e caímos na desgraça, mais uma vez; e em que, pura e simplesmente, percebemos que grande parte das concepções que fizemos daqueles que nos rodeiam não passaram de meros planos maquiavélicos da nossa mente. Nesse dia, a confiança será um bem demasiado grande para gente demasiado pequena e acabaremos por duvidar de tudo e de todos, sem que ninguém nos possa julgar por isso.

Pé de meia

Acho que cheguei a uma fase da minha vida em que o fim do mês passou de um acontecimento normal para algo muito bom, simplesmente porque é quando vejo a minha conta bancária aumentar, lenta (ou não fosse este um emprego em part - time ) e silenciosamente. Aquela sensação de receber o meu próprio dinheiro, vindo do meu trabalho diário, é absolutamente maravilhosa! Só lamento que tal aconteça tão poucas vezes!

Do trabalho

Foi ver os meus olhos brilharem sempre que passava um saco cheio para o Banco Alimentar. É que nem mesmo em tempos de crise os nossos portugueses deixam o bom coração de lado! Foi coisa suficiente para me encher de orgulho!

Dormir era um nome, era o meu nome do meio

E depois há sempre aquelas semanas em que o sono fica pelo caminho, só porque quer. Entretanto, cá ando eu, a deambular pela casa de noite e a cair pelos cantos durante o dia, dada a média de quatro ou cinco horas de sono. Longe estão os tempos em que dormia mais de doze doses de sessenta minutos. Ai, e como eu precisava delas agora!

R.

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Talvez esta seja uma fase em que me posso considerar suficientemente adulta para perceber que não é, definitivamente, possível ter muitos amigos. As relações dão trabalho, ponto. E nem sempre estamos dispostos a ter esse encargo, principalmente quando as pessoas não valem a pena. Mas esta não é uma boa forma de começar a coisa, não quando aquilo que se passa é exactamente o oposto. O secundário já lá vai e, no entanto, tu ficaste, como, aliás, poucos fizeram. Agora dás-me cabo do juízo, porque és teimoso e não me ouves, levas as minhas frases sempre para o lado errado e aproveitas cada bocadinho para reclamar daquilo que eu (não) faço. Mas - e o mais importante de tudo – é que estás sempre disponível para me ouvir e ajudar, e sei que posso contar com isso, independentemente daquilo que queira dizer. Claro que também tenho amigas igualmente importantes para mim. Em contrapartida, e mesmo sendo raparigas, há coisas que apenas partilho contigo, embora sem saber bem porquê. Acho que tens n

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Sabes o que é olhar para alguém e sentir, de uma forma inquestionavelmente transparente, aquele orgulho desmedido? Sabes o que é descobrir em alguém uma solução para o problema mais difícil de resolver? Sabes o que é encontrar em alguém o conforto, o equilíbrio e as forças, para poderes seguir em frente? Sabes o que é viver atormentado com o facto de vires a desiludir alguém? Sabes o que é perder esse alguém? Já se passaram quatros anos, mas se permitir que o meu pensamento vagueie, ainda consigo encontrar em mim aquela dor. É como estar fechada num quarto escuro, abandonada e sem saber o que fazer. Acho que as coisas não poderiam acontecer de uma maneira diferente, porque a minha força apenas me permite não pensar no assunto, em vez de o ultrapassar. Além do mais, seria estranhamente ingrato e anti-natural da minha parte não viver os acontecimentos com uma certa dose do vazio. Foste, sem sombra de dúvida, a pessoa mais importante da minha vida, mesmo considerando o facto de ainda me

Do meu Dia da Defesa Nacional #2

E não é que homens e fardas são mesmo excelentes combinações? Só por isto até seria capaz de lá voltar novamente! Ou talvez não, dada a (pouca) animação que se deixou ficar por entre palestras e mais palestras.

Do meu Dia da Defesa Nacional

Depois de ter passado (para lá de muitas) horas da minha vida a ouvir o meu pai relatar, orgulhosamente, os seus tempos da tropa, eis que me vejo agora a trocar a minha maravilhosa folga pelo Dia da Defesa Nacional. E tudo isto será escrito num ambiente de entusiasmo moderado e alguma curiosidade, quase que em "modo Ricardo Reis", ou não fosse esse o espírito a reinar por estes lados ultimamente.

Sei que virá

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Num dia tenho mil e um projectos, mil e uma ambições, mas que depois de um sono prolongado nada mais são do que memórias. Como se tudo se fosse complicando, embora nada tenha mudado. Num dia vivo mil e um sentimentos, mil e uma canções do futuro, mas que depois de um sono prolongado nada mais são do que as histórias da imaginação, para um dia contar. Como se tudo fosse perdendo a racionalidade, embora pouco se tenha alterado. Num dia vejo mil e um sopros de crença, mil e uma esperanças, mas que depois de um sono prolongado nada mais são do que a espera de um passado que volte a acontecer, para me fazer sentir tudo novamente. Como se o tempo envelhecido fosse um lugar melhor para se ficar, embora, no final de tudo, apenas eu me tenha transformado. Espero aquele “click” que vejo lá ao fundo, no horizonte, por saber que está perto e que virá. Não sei se vem hoje ou em qualquer outro dia próximo, mas a minha mente jura-me a pés juntos que aparecerá e que me ajudará a enraizar no futuro a f

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Passamos tanto tempo a dar um tempo, que nos esquecemos que o tempo passa.

Por exclusão de partes

Há momentos em que as palavras se juntam de uma maneira tão (pouco) harmoniosa, que demoro mais de três dias para escrever uma notícia do jornal local. É, definitivamente, o jornalismo é uma área que começo a pôr de parte. No final de contas, gostar muito de escrever é uma coisa, viver da escrita é outra totalmente diferente. Talvez o facto de ter parado um ano tenha sido positivo no que remete para o impedimento de um grande passo no escuro.

Ai, que coisa mais linda

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"A Tempo e Horas"

(...)

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Eu sei que ainda não estou na idade da reforma, mas...

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...depois de um mês a trabalhar aos fins-de-semana, hoje o meu dia vai ser basicamente isto: cama, chazinhos quentes e filmes misturados com boas séries. Ai, e sabe tão bem!

Da Voz de Portugal

Tenho cá para mim, pois ninguém me ouve, que não é difícil encontrar concorrentes com uma qualidade musical igual ou superior à dos mentores. Pergunto-me onde foram parar os cromos e como é possível cantarem todos tão bem!

Uma memória curta

Já lá vai mais de um ano desde que decidi começar a dar explicações, assim, em jeito de quem quer aumentar as poupanças. No entanto, depois de tudo o que me aconteceu o ano passado (desde os gritos e birras de um miúdo perante um ditado, ou uma mãe que me pagava, mas que acabava por fazer pelo filho os trabalhos de casa por mim marcados), pensei que, de facto, já tinha visto de tudo nesta tarefa a que me propus. Em contrapartida, encaro agora no espelho alguém que tem de telefonar a uma progenitora, de todas as vezes que o seu rebento tem de vir cá a casa, não vá a minha pessoa ter de esperar mais do que uma hora, à semelhança de tempos não tão passados assim.

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Gostar verdadeiramente de alguém significa ser feliz mais vezes ao dia; significa sentir o sorriso a bater à porta sempre que o orgulho aperta perante uma conquista, que não tem necessariamente de ser nossa.

Dos tostões

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Já repararam na maneira divertida com que as senhoras velhinhas guardam o seu dinheiro? Nas notas minuciosamente enroscadas e acarinhadas com um abraço (bem grande) de confusão? No (quase que) secretismo que todo o processo envolve? Juro, acho-as tão fofinhas sempre que as atendo. Por vezes, revejo-me nas suas figuras. Mas, no final de contas, a grande diferença é que, apesar de tudo, elas sabem dos seus tostões, ao contrário de mim, que ainda ontem encontrei uma nota de dez euros por entre as páginas de um livro do ano passado, e, no entanto, nem tão pouco tinha dado por falta dela. Só isso e quando empresto dinheiro a alguém. Entre a situação que melhor retrata a minha memória, venha o diabo e escolha!

Chamemos-lhes de nossos rituais

Adoro os vossos sorrisos desajeitados e contagiantes, aqueles que vêm nos momentos mais inoportunos e inesperados, por entre a harmonia da cozinha, no fim do jantar. São minutos tão sinceros, tão bons. Talvez neles me esqueça de que temos laços de sangue que nos unem e vos passe a ver como um prolongamento daquilo que eu sou. Se pudesse, levaria esta memória sempre comigo, mesmo quando, um dia, a distância que nos separa for maior do que a parede de uma divisão da nossa casa.

Ai, se o olhar matasse

Se um dia destes eu for despedida, será única e exclusivamente por desrespeito ao próximo. Não que me orgulhe muito do facto, mas se há coisa pior que um chefe é alguém que pensa que o é.