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A mostrar mensagens de março, 2011

Para o que as almofadas não serviram

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Às vezes guardamos os sonhos debaixo das almofadas. Outras, porém, vamos à luta por eles. Hoje fui em busca do desejo antigo de escrever para um jornal da zona onde vivo. É um passo pequenino, ou talvez não. O que é certo é que me senti bem ao fazer algo para que isso venha acontecer. Resta-me aguardar pela resposta. Senti-me uma verdadeira criança em busca do rebuçado perfeito!

Um voto, uma (possível) decisão correcta

Bendito Sócrates que decidiu dar o corpo ao manifesto e se foi antes que um tarde demais, em que, obrigatoriamente, teria de assumir e arcar com todas as culpas, desse lugar a tudo isto. Bendita crise política que vai mudar este país, mesmo que não seja para melhor, porque antes piores do que espectadores de algo que permaneceria igual. Vamos lá ver se dou uso ao meu direito de voto e o estreio o quanto antes!

Mil e um dramas depois

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Pelos dias que correm, a minha vida assemelha-se a uma célula com elevadas variações na pressão osmótica , ou não fosse a falta de certezas uma constante. Embora sejam poucas as pessoas que me exigem tudo aquilo que podem, são muitas as variantes que esperam ansiosamente uma decisão tomada por mim. Contudo, a única vontade que paira no meu subconsciente é aquela que me induz para algo que se aproxima da visão que eu tenho de uma cama conjugada com um buraco, de maneira a que, por entre cobertores, sonos e esconderijos, possa mergulhar e vir à tona daqui a uns tempos, quando a coisa estiver composta. Maldita maioridade!

#15 LETTER TO THE PERSON YOU MISS THE MOST

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Sinto saudades tuas. Para dizer a verdade, nos tempos que correm, esse é um dos poucos sentimentos que realmente conheço e sei que tenho dentro de mim, dado o panorama sentimental que abunda por estes lados. Talvez por isso sinta tanto a tua falta; a segurança, a certeza e a firmeza que transmitias naquilo que dizias, como que a acalmar e a certificar-me de que tudo haveria de correr bem. Contigo, os sonhos pareciam pinturas dos contos de fadas que me contavas quando eu era ainda criança. Delimitados por linhas contínuas e certas, haveriam de me apresentar sempre obstáculos impostos pelas bruxas más, que é como quem diz, pelas parvoíces deste mundo materialista que a muitos engana, mas no fim de contas, seria pouco aquilo que não valeria a pena ultrapassar, ou não fosse o meu final um cenário repleto de objectivos realizados e da perfeição em felicidade. Ainda não entendi bem a forma como o tempo tem evoluído, nem tão pouco percebi aquilo que ele deseja de mim. O que é certo é que vai

Das melodias (ou da falta delas)

Já não existe simpatia pelos caminhos cá da terra, para ninguém. Os diálogos em casa, na escola e em qualquer outro sítio fugiram atrás das palavras, que também se foram. Nos Centros de Saúde, cafés e restantes serviços públicos não há quem ouça os desejos de uma pobre e deprimida (amostra de) adulta. Caro Deus, isto de estar afónica não dá com nada!

#14 LETTER TO SOMEONE YOU'VE DRIFTED AWAY FROM

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Tudo começou quando alguém decidiu que haveríamos de estar na mesma turma, há sete anos atrás. Posteriormente, o alfabeto ditou o resto, ou não fossemos portadoras de um mesmo nome e a nossa escola seguidora daquele estranho hábito de ditar os lugares dos alunos de acordo com a ordem do abecedário. Palavra após palavra, por entre a plenitude de uma adolescência, dei conta das semelhanças e das diferenças exigentes entre nós, o que se tornou decisivo para o nascimento de uma nova amizade. Mais tarde, percebi o quão casmurra, chata e irritante és quando queres, embora tudo fosse quase que anulado pelos teus disparates, rizadas, carinho e amizade. Talvez por isso tenhas sido a minha melhor amiga, até porque sempre estiveste do meu lado numa das alturas mais complicadas da minha vida, esperando o seu fim e jogando palavras que foram importantes para que eu a conseguisse ultrapassar. Em contrapartida, também em momentos cruciais e caracterizados pelo positivismo estiveste presente, insistin

Dia da Mulher

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Ser mulher é saber pisar o chão de saltos altos, sem tão pouco cair ou olhar para baixo; é conseguir manter a posição com qualquer tipo de calçado, seja ele um par de ténis ou de galochas . Ser mulher é usar roupa rosa e fazê-la brilhar por entre a pele; é conseguir vestir a camisa azul dele sem tão pouco deixar fugir a sensualidade. Ser mulher é pintar as unhas de vermelho e torná-las mais vistosas do que qualquer outra coisa com a mesma cor; é perder o verniz por entre os lençóis e seguir o rumo com a mesma segurança de sempre. Ser mulher é vestir ou calçar isto; é dar uso àquilo sendo a mesma pessoa. Uma mulher emociona-se: chora, grita e resmunga se for preciso, mas consegue sempre encontrar uma solução humana, por mais estranha que ela se possa vir a demonstrar; sente-se bonita com uma barriga preenchida e sorri ao ver o filho, pelo qual tanto esperou, correndo pela casa e deixando para trás um caos pintado de felicidade; é independente e guia a sua própria vida sem ter de depend

Sobre um selinho

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Pois bem, mais um selinho veio cá parar ao blogue. Desta feita, foi a Andreiazita que me ofereceu, e por isso um muito obrigado. Quanto às regras, aqui vão elas: Sete coisas sobre mim: 1. Gosto da língua francesa; 2. Quero ir à Austrália; 3. Perco tempo a ver os desenhos animados do Charlie Brown; 4. Gosto de escrever; 5. Adoraria ter uma irmã mais velha; 6. Preencho as paredes do meu quarto com fotografias; 7. Quero trabalhar na área da oncologia. Assim, ofereço o selo a todos os meus seguidores, com o desejo de que o levem com tanto prazer com que eu o trouxe.

#13 LETTER TO SOMEONE YOU WISH COULD FORGIVE YOU

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Desculpa-me pela existência de momentos em que não fiz o que me pediste. Desculpa-me pelas vezes em que não ouvi os teus chamamentos, quando mais precisaste de mim. Desculpa-me pelos momentos em que deixei as palavras fugirem mais rápido do que os meus próprios pensamentos e acabei por te magoar. Desculpa-me por não ter conseguido fazer nada para evitar tudo aquilo que aconteceu connosco. Lamento não ter sido a melhor neta (e aquela de que sempre precisaste), já que tu foste a melhor avó, a melhor amiga, a melhor conselheira e a melhor companheira. Talvez seja muito pedir para que me respondas, mas espero um dia ouvir-te dizer que nada disto importa e que tudo ficará bem, como sempre fizeste.

De um Memorial

Só para que saibam, quando mencionei o objectivo de ler um livro de duas em duas semanas, não me estava a referir ao Memorial do Convento , dado que esse vai dar-me trabalho para umas quantas semanas, ou eu não me confundisse toda com os diálogos enriquecidos de vírgulas e mais vírgulas. Claro está que o mérito de Saramago não está em aqui causa. Talvez esteja a minha compreensão, quem sabe!

Momentos em que me questiono das semelhanças genéticas entre irmãos

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O inquilino mais novo cá de casa, no auge da idade dos porquês e do fortalecimento do conhecimento (ou da invenção dele), de quando em quando, apresenta uma ou outra intervenção do género: - Eu já sei seis planetas começados pela a letra "P": Paraguai, Peru, Paquistão, Polónia, Paróquia e Portugal. Muitas gargalhadas partilhadas depois, acabo por me dar conta de que ter sete anos é algo deveras fascinante, quanto mais não seja pelo facto de nos "perdoarem" tudo! Como eu adoro este miúdo!

#12 LETTER TO THE PERSON YOU HATE MOST/CAUSED YOU A LOT OF PAIN

O ódio é uma palavra demasiado forte para ser escrita na mesma linha em que estiver o teu nome. Não o mereces, nem mesmo a ele, dado que possui uma concentração de emoção demasiado elevada para aquilo que constitui os teus hábitos de vida. O amor, esse, já lá vai bem longe de mãos dadas com as frases escritas por ti, de tanto o medo que tiveste em proferi-las. Resta-nos, assim, algo perdido por entre os meados da empatia e da indiferença, que nem tão pouco conseguem despertar os sentimentos das recordações esquecidas. Fica longe.

Traços

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A minha fraqueza vai traçando a linha de uma pequena concha, onde, por entre mórbidos e ocultos sonhos, desejo esconder e fechar a sete chaves uma totalidade de mim, até que melhores ventos corram. Chamo-lhe de remendo, pois não lhe cabe a palavra remédio, e de possível resposta quando é difícil encontrar a tão procurada solução. Feitos os traços, vêm as cores contrastantes no fundo preto. Um rosa inocente de uma infância em que as decisões foram tomadas por outros; um azul claro marcado pela visibilidade com que se seguiram objectivos tão simples como o pegar de um brinquedo; um branco da pureza de quem jamais cometeu erros não susceptíveis a recordação, como se esta última muito custasse. Por fim, ali fica um espaço, um abraço, um refúgio; não por não gostar de decidir, ir e fazer, apenas porque nada disso é necessário numa tão reduzida área. Uma pequena menina mergulhada no seu mundo preenchido, não só por fantasia, mas também por uma simplicidade de fazer inveja aos mais velhos, é