A minha fraqueza vai traçando a linha de uma pequena concha, onde, por entre mórbidos e ocultos sonhos, desejo esconder e fechar a sete chaves uma totalidade de mim, até que melhores ventos corram. Chamo-lhe de remendo, pois não lhe cabe a palavra remédio, e de possível resposta quando é difícil encontrar a tão procurada solução. Feitos os traços, vêm as cores contrastantes no fundo preto. Um rosa inocente de uma infância em que as decisões foram tomadas por outros; um azul claro marcado pela visibilidade com que se seguiram objectivos tão simples como o pegar de um brinquedo; um branco da pureza de quem jamais cometeu erros não susceptíveis a recordação, como se esta última muito custasse. Por fim, ali fica um espaço, um abraço, um refúgio; não por não gostar de decidir, ir e fazer, apenas porque nada disso é necessário numa tão reduzida área. Uma pequena menina mergulhada no seu mundo preenchido, não só por fantasia, mas também por uma simplicidade de fazer inveja aos mais velhos, é...