Benditos aqueles que sabem tomar decisões
As decisões de maior importância são aquelas que mais me transtornam, dada a dificuldade que tenho em tomá-las. Sobretudo na fase em que habitam na minha mão todos os sonhos do mundo, por vezes incertos e distorcidos, é certo, mas para os quais conheço o caminho. No entanto, nem sempre o facto de ter a noção do trajecto me permite chegar ao destino desejado, porque coexistem ainda mil e uma outras opções para o percurso. Assim, seria oportuno questionar-me do porquê da existência de uma dificuldade, se possuo cartas, truques e triunfos, mas, no entanto, tal se torna inútil quando me apercebo das consequências de cada acto. E é aí que vive o bicho-de-sete-cabeças. Não é trabalhoso dizer “sim, eu vou fazer isto” ou “não, não vou fazer aquilo”, mas sim medir os prós e os contras daquilo que poderá ser feito.
A fraqueza da espera, do “depois eu penso nisso” e do refúgio nas futilidades do dia-a-dia, é algo geneticamente universal, que me corre no sangue naturalmente, ou não fosse o mapa da opção mais fácil de tomar. No entanto, se a Bela Adormecida esperou o seu príncipe para acordar e ver o mundo, nem sempre eu posso aguardar para fazer o mesmo; se o Monstro acatou o amor da Bela sem o ter desejado antes, eu corro o risco de nunca chegar a lugar algum sem o ambicionar; se o Peter Pan se refugiou na infância, eu sou obrigada a crescer para que não sejam os outros a decidir a minha própria vida. Já os Três Porquinhos não fugiram do Lobo mau para sempre e conseguiram encontrar a solução para lhe dar uma lição. Possivelmente, quem sabe, o seu testemunho do combate para com a realidade seja o mais sensato dos caminhos a seguir.
Encarar o mundo segundo os meus ideais e aceitar tudo o que daí possa advir é algo que, pessoalmente, me deixa assustada e amedrontada. Talvez seja este um dos meus defeitos, talvez seja apenas algo normal para a minha idade. Mesmo assim, sei que me espera uma jornada de escolhas, onde poderei errar ou acertar, perder ou ganhar, chorar ou sorrir. Mas, daqui a uns tempos, tudo será uma recordação.
A fraqueza da espera, do “depois eu penso nisso” e do refúgio nas futilidades do dia-a-dia, é algo geneticamente universal, que me corre no sangue naturalmente, ou não fosse o mapa da opção mais fácil de tomar. No entanto, se a Bela Adormecida esperou o seu príncipe para acordar e ver o mundo, nem sempre eu posso aguardar para fazer o mesmo; se o Monstro acatou o amor da Bela sem o ter desejado antes, eu corro o risco de nunca chegar a lugar algum sem o ambicionar; se o Peter Pan se refugiou na infância, eu sou obrigada a crescer para que não sejam os outros a decidir a minha própria vida. Já os Três Porquinhos não fugiram do Lobo mau para sempre e conseguiram encontrar a solução para lhe dar uma lição. Possivelmente, quem sabe, o seu testemunho do combate para com a realidade seja o mais sensato dos caminhos a seguir.
Encarar o mundo segundo os meus ideais e aceitar tudo o que daí possa advir é algo que, pessoalmente, me deixa assustada e amedrontada. Talvez seja este um dos meus defeitos, talvez seja apenas algo normal para a minha idade. Mesmo assim, sei que me espera uma jornada de escolhas, onde poderei errar ou acertar, perder ou ganhar, chorar ou sorrir. Mas, daqui a uns tempos, tudo será uma recordação.
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