Dos travessões, fitas e borrachas de cabelo
Hoje lembrei-me de algo que vem ao encontro do último post. Não sei se aconteceu convosco, mas pelo menos comigo foi assim. Como qualquer criança, não era quem decidia a roupa que vestia (até aqui, tudo bem), mas claro que nunca na vida poderia escolher o meu penteado (nada de anormal). Contudo, eu e a minha mãe nunca tivemos gostos semelhantes no que respeita à maneira como arranjamos os cabelos (aqui está o problema) e isso fez com que eu produzisse algumas birras na infância.
Começando pelo mais sóbrio, muitas foram as vezes em que me sujeitei às tranças, aos rabos-de-cavalo e aos cabelos soltos. Mas era em situações mais complexas e trabalhadas, que eu resmungava. Fossem os dois totós (um de cada lado) que amarravam o cabelo, como se tivéssemos algo que não era nosso (refiro-me, pois está claro, às partes frontais de certos animais); os ziguezagues de cabelos amarrados não sei onde por dezenas de molinhas em forma de borboleta; ou até mesmo os puxos com mil e um travessões brancos; tudo servia para que eu me zangasse e fosse aborrecida para escola ou para um destino qualquer.
Hoje pego os travessões coloridos, as fitas cor-de-rosa ou as borrachas do cabelo na minha mão e relembro estes momentos com uma ponta de saudade. Mesmo quando os recordo e partilho com a minha mãe, muitas são as gargalhadas que deixamos fugir e, apesar de tudo, sinto que eles foram importantes para que eu crescesse e aprendesse que na vida, nem tudo acontece como eu quero. A forma como ela tratava do meu cabelo, era apenas um dos muitos gestos que tinha para demonstrar que gostava de mim. Talvez um dia, quando tiver uma filha, eu seja capaz de compreender estes actos de uma maneira diferente.
Começando pelo mais sóbrio, muitas foram as vezes em que me sujeitei às tranças, aos rabos-de-cavalo e aos cabelos soltos. Mas era em situações mais complexas e trabalhadas, que eu resmungava. Fossem os dois totós (um de cada lado) que amarravam o cabelo, como se tivéssemos algo que não era nosso (refiro-me, pois está claro, às partes frontais de certos animais); os ziguezagues de cabelos amarrados não sei onde por dezenas de molinhas em forma de borboleta; ou até mesmo os puxos com mil e um travessões brancos; tudo servia para que eu me zangasse e fosse aborrecida para escola ou para um destino qualquer.
Hoje pego os travessões coloridos, as fitas cor-de-rosa ou as borrachas do cabelo na minha mão e relembro estes momentos com uma ponta de saudade. Mesmo quando os recordo e partilho com a minha mãe, muitas são as gargalhadas que deixamos fugir e, apesar de tudo, sinto que eles foram importantes para que eu crescesse e aprendesse que na vida, nem tudo acontece como eu quero. A forma como ela tratava do meu cabelo, era apenas um dos muitos gestos que tinha para demonstrar que gostava de mim. Talvez um dia, quando tiver uma filha, eu seja capaz de compreender estes actos de uma maneira diferente.
Comentários
Tem dias que ainda peço para ela pentear meus cabelos rsrsrs
bjo
bjinhos flor
Nunca gostei de ter muita coisa no cabelo :S
Bjs
mas olha, faz bem recordar, é sempre bom, quando vivemos algo e pensamos que é completamente horrivel e assim, mais tarde sabemos que foi bom de certa forma.
concordo plenamente contigo xp