Espera Só Um Segundo

Não, ainda não morri. Só tenho andado cheia de coisas para fazer por causa da faculdade. Talvez depois do exame de Terça consiga tirar uns dias para aproveitar, uns dias só para mim e para o que me faz bem.

Até que ponto podemos deixar para trás algo em que apostamos (MUITO), porque deixou de fazer sentido? Até que ponto podemos seguir os noss os sonhos sem sermos irresponsáveis e inconscientes?  Até que ponto um sonho é realmente um sonho?

Sinto que só agora, aos 20 anos, é que algumas das perguntas que coloquei a mim mesma na adolescência começam a, muito lentamente,  ter um esboço de resposta.

Os últimos tempos têm sido complicados. Sabem daqueles dias em que nada parece fazer sentido, mas temos de continuar a “segurar as pontas soltas”? Pois bem, tem sido mais ou menos assim. Ora sinto que me ando a enganar a mim mesma, fazendo algo de que não gosto; ora penso que tenho de continuar a fazê-lo, porque poderei vir a gostar e porque já lutei bastante por isso. Queria poder definir um sonho, construir a determinação e lutar por ele. Queria poder seguir aquelas frases bonitas que toda a gente diz quando quer manter a esperança. Queria poder, no fundo, encontrar um rumo para mim. 

Já tiveram medo de sair da zona de conforto e seguir os vossos sonhos? 

Acordada desde as 6h30. Faculdade das 9h às 19h. Encharcada pelo caminho da estação de comboios a casa. Pronta para ir para a cama às 23h. Um trabalho para terminar.  E mesmo assim, não há nada que um chá quente não me faça esquecer, mesmo que por breves momentos.