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A mostrar mensagens de outubro, 2012

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Porque é tão bom ter um porto de abrigo.

Das praxes

Deixei-me delas. Por ter de acordar às cinco da manhã, por ter de chegar a casa demasiado tarde, pelos abusos daqueles que se vestem de negro, por ter (muito) mais com que me preocupar e por, simplesmente, ter deixado de gostar de lá ir. A verdade é que serviram para conhecer mais gente e viver alguns momentos bastante interessantes. Mas, mesmo assim, sempre há um novo mundo para descobrir, muito para além do que se está acostumado a ver, ou não tivesse a diminuir o número de participantes neste tipo de atividades. Pelo menos por estes lados.

Orgulho por um desconhecido

Ontem foi mais uma das minhas noites de estágio lá na Cruz Vermelha. Como tal, e seguindo o exemplo de tantos outros momentos, ficou uma história por contar. Daquelas que quase ninguém vê e quase ninguém sofre, pois “ olhos que não vêm, coração que não sente”. Tudo começou porque, durante uma ida ao hospital na sequência de uma emergência, dei por mim a “babar-me” ao olhar um senhor que lá estava. Na casa dos seus virtuosos 70 anos, trocou a cama aconchegante e o chá quente pelo voluntariado nas urgências, assim: como quem não quer a coisa. Sempre sorridente, bem-disposto, muito mais comunicativo e satisfeito do que a maioria médicos, prestava auxílio a quem chegava, com gestos simples, como indicar uma determinada secção do hospital, ou com gestos vindos do outro mundo, como dar a mão a quem dela precisava num momento menos bom. Foram centenas de segundos que me levaram a sentir pequena, muito pequena. Só espero poder ser, talvez um dia, um terço daquilo que aquele senhor represe...

Do dia em que eu ficarei maior

Isto é sério. Eu ando muito confusa. Já quase não me reconheço. Faço coisas que nem lembram ao menino Jesus. A universidade é coisa para me pôr mais madura em três tempos. E isso é bom.

Nem tudo deve mudar

A verdade é que todas as mudanças que têm acontecido na minha vida me dão ainda mais vontade de estar com aqueles que ficaram do passado, nos locais que o tempo marcou. E assim se forma o cantinho mais aconchegante do mundo, um porto de abrigo.