R.



Talvez esta seja uma fase em que me posso considerar suficientemente adulta para perceber que não é, definitivamente, possível ter muitos amigos. As relações dão trabalho, ponto. E nem sempre estamos dispostos a ter esse encargo, principalmente quando as pessoas não valem a pena. Mas esta não é uma boa forma de começar a coisa, não quando aquilo que se passa é exactamente o oposto.
O secundário já lá vai e, no entanto, tu ficaste, como, aliás, poucos fizeram. Agora dás-me cabo do juízo, porque és teimoso e não me ouves, levas as minhas frases sempre para o lado errado e aproveitas cada bocadinho para reclamar daquilo que eu (não) faço. Mas - e o mais importante de tudo – é que estás sempre disponível para me ouvir e ajudar, e sei que posso contar com isso, independentemente daquilo que queira dizer. Claro que também tenho amigas igualmente importantes para mim. Em contrapartida, e mesmo sendo raparigas, há coisas que apenas partilho contigo, embora sem saber bem porquê. Acho que tens noção de que agradeço por deixares que eu o faça…
Há um ano também escrevi para ti e, desde então, as nossas vidas deram mil e uma voltas. Já temos (tu tens, eu vou tendo) um esboço do futuro e vamos traçando algumas linhas para que ele se concretize, mas existe sempre o passado que, dependendo de nós, pode ou não permanecer (quase que) esquecido. E assim me dou conta que enquanto tiver pessoas especiais como tu perto de mim, vale sempre a pena dar ao passado uma continuidade no futuro, para que não fique nada por dizer ou fazer.


Muitos parabéns!

Comentários

Su* disse…
exactamente, há sempre quem fique e quem não fique
mas depois ha aquelas pessoas que nos dao a ilusao que vao ficar e dps saiem da nossa vida a correr
Miguel Silva disse…
Obrigado princesa ;)


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