Escrever
Sou terapeuta ocupacional e a minha profissão pouco tem de semelhante com a escrita. Quer dizer, normalmente desenvolvemos as competências de crianças e adultos para que possam adquirir e desempenhar a escrita, mas não trabalhamos muito a nossa.
O gosto pela escrita sempre me acompanhou ao longo do meu percurso escolar, mas chegada a altura do ingresso na universidade tive de optar por aquilo que me poderia oferecer um futuro minimamente melhor. O que é certo é que a sensação de não me sentir completa prevaleceu, alongando-se aquando a entrada no mercado de trabalho.
Se não fosse este período de isolamento que nos impede de trabalhar no contexto a que estamos habituados, provavelmente continuaria a deixar a escrita para trás. No entanto, tenho aproveitado para assistir a formações online sobre o tema, participar em concursos e relaxar perante a organização de pensamentos que só a escrita me oferece. Apesar de gostar muito de ser terapeuta ocupacional, fico feliz por adquirir outro tipo de competências, mesmo que não me tragam riqueza. E talvez nunca seja tarde para nada.
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