Gosto de me lembrar de onde vim e o quanto me esforcei para chegar aqui. Isso faz-me assentar os pés no chão e deixar-me de ilusões. A vida não é fácil, ponto. Mas é isso que a torna mais bonita.
Assim que conseguir juntar uns trocos, vou comprar uma bicicleta destas, mas com tudo aquilo a que tenho direito. Depois, poderão encontrar-me estendida no chão de um monte qualquer. Estendida, mas no fundo feliz, por mais absurdo que isto possa parecer.
Por estes lados, os dias têm sido passados por entre os livros de Matemática e as espreitadelas ao restante mundo. Tudo demasiado fascinante, tal como se pode verificar! Desta feita, espera-se que a próxima Quarta-Feira (data do teste intermédio) se aproxime o mais rapidamente possível, para que este isolamento social, forçado pelas minhas escolhas e pela educação portuguesa, se dissipe sem que se dê por isso!
O regresso ao trabalho tem decorrido sobre rodas, mas a velocidade moderada. De forma gradual, como que a ver como corre, tenho juntado o que restou para tentar fazer o meu caminho nos próximos tempos. Muito se perdeu, é certo, mas agora tenho a oportunidade de, mais uma vez, recomeçar. Ser profissional de saúde no nosso país dota-nos desta flexibilidade para mudar constantemente de vida.
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