Tenho cá para mim, pois ninguém me ouve, que não é difícil encontrar concorrentes com uma qualidade musical igual ou superior à dos mentores. Pergunto-me onde foram parar os cromos e como é possível cantarem todos tão bem!
Neste programa não há cromos, porque eles são seleccionados pela produção antes das provas às cegas. Eu ainda não vi muito bem a versão portuguesa. Só vi um vídeo e achei que os mentores são uma grande palhaçada. Falam uns com os outros quando algum se vira e eles não podem fazer isso. E tentam à força toda imitar os jurados originais, mas saem-se muito mal. O The Voice é muito, mas muito melhor. E a Mia Rose tem a mania que é a Aguilera, mas está muito longe disso. A Aguilera que tem o estatuto que tem, tem muito menos a mania que ela. Enfim... Nunca gosto das nossas versões.
Eis que, passadas as estas épocas festivas, olho para o calendário e me dou conta que foram poucos os momentos a dois. Teriam sido mais, com certeza, se a minha paixão pela Matemática fosse algo de um outro mundo. Posto isto, lá terei de baixar as guardas e render-me ao livro da disciplina, ou não estivesse o teste intermédio a uns dias de distância. E, assim, dou as boas vindas ao novo ano, que consigo trouxe uma mão cheia de realidades!
Por esta altura do ano, é mais que comum o facto das palavras “regresso às aulas” pertencerem ao slogan de qualquer tipo de campanha publicitária . Mesmo que o produto de nada sirva para o efeito, aqui está a desculpa ideal para incentivar o consumidor a comprar isto ou aquilo. Começam também as risadas de entusiasmo entre as crianças, as lágrimas de alegria pelo material novo e a contagem decrescente para o primeiro dia de aulas. E eu que o diga que tenho de ouvir o meu irmão com comentários do género: “e se depois os livros esgotam?”, ou “não quero o caderno do Ruca , quero o do Homem Aranha”, ou ainda “este ano os meus trabalhos vão ser mais difíceis, achas que preciso de uma máquina de calcular?” (isto tendo em conta que vai para o 2º ano e tem que exercitar o raciocínio, não o uso deste tipo de aparelhos). No meio de tantos alaridos, festas e quantias ganhas pelas diversas indústrias, eu pergunto: onde está a magia do regresso às aulas que eu sentia há alguns anos atrás? Pois bem
Hoje recebi um abraço grátis e tive vontade de me juntar ao grupo que os estava a dar. E isto porque são algumas as ideias que, por darem certo, são multiplicadas vezes e vezes sem conta, independentemente das coordenadas geográficas assinaladas pelo quer que seja.
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Eu ainda não vi muito bem a versão portuguesa. Só vi um vídeo e achei que os mentores são uma grande palhaçada. Falam uns com os outros quando algum se vira e eles não podem fazer isso. E tentam à força toda imitar os jurados originais, mas saem-se muito mal.
O The Voice é muito, mas muito melhor.
E a Mia Rose tem a mania que é a Aguilera, mas está muito longe disso. A Aguilera que tem o estatuto que tem, tem muito menos a mania que ela. Enfim... Nunca gosto das nossas versões.