Do 2º emprego
Guardando na memória uma semana passada a constatar que os patrões não precisam necessariamente de ser más pessoas para serem a favor da exploração, a perceber que os homens de meia-idade são feitos de conversas que não lembram a ninguém, a verificar que os meu pés podem atingir um estranho limiar de dor, a ver a lixívia como a pior inimiga do que resta da beleza das minhas mãos e a viver algo muito longe de uma existência social satisfatória, eis que me deparo com o meu segundo trabalho, desta feita na caixa de um supermercado, em part-time.
Amanhã assino o meu contrato. Finalmente me vou ver livre desta vidinha dividida entre a cama e o sofá, que de agradável apenas tem a raridade!
Amanhã assino o meu contrato. Finalmente me vou ver livre desta vidinha dividida entre a cama e o sofá, que de agradável apenas tem a raridade!
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