Um "c" de terror.




(Histórias de alguém...)
Prometi a minha mesma ser um desenho com vida própria, desenho esse cheio de vida, cheio de cores, cheio de alegria, apenas porque perdeu uma parte que nunca lhe pertenceu, apenas porque perdeu o ódio, os rancores, apenas porque te perdeu a ti. Eu sei de tudo isso, mas nada neste estúpido mundo de existências é esquecido apenas porque esse é um objectivo pertencente ao lado mais ambicioso da nossa mente. Nada passa de um momento para o outro, nada é momentâneo ao ponto de não poder ser relembrado no futuro.
Hoje voltei a ver-te. Estavas no baloiço no qual passamos bons momentos, momentos esses de pura, simples e verdadeira felicidade. Não estavas sozinho, e para tristeza do mais recôndito espaço do meu coração, estavas com outra rapariga. O que posso dizer sobre isso? Bem, nada do que eu venha a pronunciar poderá ser entendido como suficientemente lúcido, como algo que não tenha uma pequena colher de loucura.
Ao observar-te de mão dada com ela, apesar dos poucos segundos que fixei essa imagem, percebi que, embora me tenhas roubado alguns dos melhores momentos da minha vida e me tenhas despedaçado aos poucos, nem tudo aquilo de bom que eu sentia por ti desapareceu.
O terror apoderou-se da minha alma, do meu corpo, de mim. Já tinham passado alguns meses desde o momento em que realmente tive vontade de fazer uma determinada coisa, momento esse no qual tive desejo de seguir os meus próprios instintos. Sensações passadas voltaram a ser vividas pois eu recomecei o desejo de seguir os meus instintos. Contudo, todas estas minhas vontades consistiam em apenas um objectivo: caminharia para junto de vocês e destruiria qualquer "vós" que pudesse existir. Posteriormente, pegaria na tua mão e levar-te-ia para bem longe daquele lugar, que outrora fora nosso.
Todos os sentimentos têm nomes e por mais que me custe a admitir, posso afirmar que senti ciúmes, sim eu senti ciúmes de ti, somente porque estavas com outra pessoa. Ciúmes de ti que me magoaste, ciúmes de ti que me fizeste sofrer lenta e gradualmente, ciúmes de ti que alimentaste a minha vida de cores negras, retirando-me todas as cores vivas que me constituíam e me faziam sorrir de forma verdadeira.
Um "c" de terror, um "c" de ciúme, algo que eu jamais pensei voltar a sentir depois de me teres magoado tanto.
De um momento sincero, Lara Teles.

As ideias mais simples partem de banais conversas. Um enorme agradecimento a vocês, Rixkinha e Joana.

Comentários

Anónimo disse…
Obrigada por nos proporcionares momentos de leitura como este..
beijinho
Anónimo disse…
Olha.. eu fico realmente feliz e lisonjeada pelo simples facto de ter contribuido para um texto que... enfim... vindo de ti só se pode dizer que está ABSOLUTAMENTE LINDO!!
E... bom, a parte do "c" só podia ser perfeita... e porquê?? Porque foi ideia minha... pois está claro=)
Mas mais uma vez... muito obrigado e continua a escrever que um dia faço um filme sobre ti:p
Beijinhos beijinho...

Ass: RIXKINHA
Vânia Sofia disse…
O texto está lindo .
Está perfeito .

Continua a escrever mas tenta não sofrer ...

Beijinhos

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